Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Praia de São Lourenço

Uma neblina alta e cinzenta tomou conta do azul do céu, o seu reflexo sentiu-se no mar.
As falésias estavam escuras, oxidadas, velhas e cansadas, sombrias sem sol.
A maré recolheu-se, deixou uma linha de algas para trás, acalmou a tal ponto que as ondas molhavam apenas dos dedos ao calcanhar, a água estava fria e o vento deixava-a vazia de gente.
As barreiras e chapéus multiplicavam-se aos poucos, mas eram apenas desejos de que o Sol voltasse a brilhar.
Andei pelas falésias, pelas rochas, pelas algas, pela água, mas a melancolia de fim de férias levou-me ao abrigo a desenhar...

4 comentários:

Pedro Alves disse...

A minha praia de eleição na Ericeira (porque fica antes ;) e um dos desenhos mais brutais que ja fizeste!

Bruno Vieira disse...

Eu ja era fã de desenhos a preto e branco, ou com cinzas, embora às vezes evite a sua melancolia, o dia estava mesmo a pedir... Obrigado Pedro

André Duarte Baptista disse...

o desenho está mesmo muito bom. adeus linha :-)

Teresa Ruivo disse...

Brutal, pois!