Encontro 47 - Évora

Por muitas razões Évora é a minha cidade favorita.
Lembro-me que quando descobri os Urban Sketchers o último encontro tinha sido realizado em Évora, e eu por um lado maravilhei-me com os desenhos do encontro que foram partilhados no blog, e por outro fiquei extremamente desapontado por ter perdido a oportunidade de conhecer os USK e logo em Évora.
Por isso quando este encontro foi anunciado só não dei pulos de alegria por uma questão de bom comportamento.
O 1º desenho do dia foi no largo em frente à igreja do Espírito Santo, no caderno pequenino, para olear as canetas e aquecer os dedos.

Depois subi a rua em direcção à Sé, mas andei apenas poucos metros porque fui logo cativado por uma perspectiva da rua, como muitas que há espalhadas por Évora, razão pela qual quando passeio pela cidade o meu olhar dispara e distorce-se em todas as direcções.

Voltei a descer para a igreja do Espírito Santo e aí antes da saída para o almoço desenhei estes arcos semi-destruídos. Na altura não tive tempo para o pintar, mas mais tarde, sentado no degrau à porta de uma casa qualquer de uma outra rua, aquecido pelo sol, aproveitei para o fazer.

Depois de um almoço muito rápido para aproveitar o tempo ao máximo, foi altura de recomeçar a vasculhar as ruas, esquinas e telhados à procura de algo para desenhar. Voltei ao caderno pequenino para mais um apontamento.

Um pouco mais à frente voltei a parar. O sol a bater numa parede em pedra chamou-me a atenção e parei no meio da estrada a desenhar e aproveitei para me entreter também com a perspectiva da rua ao lado. A meio passou por mim um rapaz que parou me pediu para ver o que estava a desenhar.

Pus-me a caminho da praça do Giraldo onde nos íamos encontrar todos às 15:00h, troquei umas palavras com quem por ali estava, partilhámos alguns desenhos e fui rapidamente na companhia do Nelson até ao templo de Diana.
Quando lá cheguei optei por não desenhar o templo mas sim a torre principal da Sé, enquadrada entre os telhados contíguos no caderno pequeno, para ter tempo de ir ainda visitar a igreja do Salvador.

No final do dia voltei a uma rua por onde já tinha passado a caminho da Sé e que me tinha ficado na memória. Já estava a ficar atrasado mas não arredei pé até terminar o desenho, e depois voltei a sentar-me no degrau de uma porta para aplicar a aguarela e terminar este dia em beleza.

Depois foi hora de voltar à igreja do Espírito Santo para a partilha tradicional.
Como sempre terminei o encontro com um misto de satisfação e frustração, porque me sabe sempre muito bem participar nestes encontros e ver caras conhecidas, mas por outro lado queria fazer mais, muito mais.
Está com certeza para breve uma nova visita à cidade.